Programa Bolsa Família completa 20 anos

“A fome é uma decisão política”. Foi essa a frase de Betinho que o coordenador da ONG Ação da Cidadania, Rodrigo Afonso, usou para chamar a atenção dos parlamentares ao falar dos retrocessos dos últimos anos no combate à fome no país. Foi durante uma sessão temática nesta sexta-feira (20) no Senado para lembrar os 20 anos de criação do Bolsa Família.

Trinta e três milhões de pessoas passando fome no país. Número maior que os 32 milhões registrados quando o programa foi criado, há duas décadas. De lá para cá, o Bolsa Família se tornou referência no mundo. E o Brasil saiu do Mapa da Fome. Mas, retornou depois de alguns anos.

Em 2020, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já havíamos retrocedido 16 anos nessa luta. E a situação ficou pior durante a pandemia.

A presidente do movimento Pacto contra a Fome, Geise Diniz, foi além. E falou sobre o desperdício. Os opostos vividos no país entre aqueles que não tem o que comer e os que jogam comida fora.

Já o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias destacou: erradicar a fome é uma responsabilidade ética de todos nós. E disse que a meta, agora, é recuperar o programa e aumentar o número de beneficiários depois do que chamou de “desmantelamento” dos últimos quatro anos. Ele ainda trouxe dados de uma pesquisa do Banco Mundial.

Só lembrando que, desde que foi retomado no início do ano, o Bolsa Família paga R$ 600 de valor base mais R$ 150 por cada criança menor de 7 anos e R$ 50 por cada pessoa entre 7 e 18 anos ou grávidas ou bebês até 7 meses.