Milei, Bullrich e Massa são os favoritos nas eleições na Argentina

Os argentinos vão as urnas, neste domingo, para escolher seu novo presidente da República em meio a uma grave crise econômica. A inflação no país ultrapassa 138% ao ano.

Nas primárias, que são como uma pré-eleição, onde os eleitores apontam o candidato preferido do partido do qual tem mais proximidade, três candidatos disputam a preferência dos argentinos:

A coalizão de extrema-direita, de Javier Milei, ficou na frente com 29% dos votos nas primárias; seguida da aliança de direita, de Patricia Bullrich, com 28%; e a coalizão peronista, do atual ministro da economia, Sergio Massa, com 27%;

Com um possível segundo turno, o favoritismo do extremista Javier Milei preocupa até o Brasil, conforme disse esta semana o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à imprensa.

Milei, que se considera um anarcocapitalista, já prometeu em campanha se afastar do Brasil, sair do Mercosul, fechar o banco central do seu país e dolarizar totalmente a economia argentina

O professor Raphael Seabra, do Departamento de Estudos Latino-americanos da Universidade de Brasília, a UnB, diz que a situação atual de desesperança da população pode resultar na vitória de um candidato como Javier Milei.

Já doutor em relações internacionais e professor de história da Unb, Carlos Eduardo Vidigal, avalia que o atual momento do Mercosul não deve ser alterado mesmo com a vitória de Milei.

Diferente do Brasil, para um candidato vencer no primeiro turno na Argentina são necessários 45% dos votos ou então 40%, mas com uma diferença de 10% em relação ao segundo colocado. Se houver segundo turno, ele será realizado no dia 19 de novembro entre os dois candidatos mais votados.

Além do cargo de presidente, os argentinos também votam para renovar metade dos deputados e um terço dos Senadores.