Diante do atrito entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo, o assunto entrou na pauta do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira (8).
A disputa motivou, também, uma nota conjunta de países do Mercosul e mais quatro sul-americanos. Assinado também por Chile, Colômbia, Equador e Peru, o documento cita uma “profunda preocupação com a elevação das tensões” entre Venezuela e Guiana.
O professor do Departamento de Estudos Latino-americanos da Universidade de Brasília, Raphael Seabra, considera importante o posicionamento dos países, principalmente porque foi além dos membros do Mercosul.
O especialista ainda destacou que vê necessidade de um posicionamento mais firme por parte do governo brasileiro, já que o acesso a Essequibo pela Venezuela passa necessariamente pela fronteira com o Brasil.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, realizou um referendo no último domingo, e 95% da população concordou com a anexação de parte do território da Guiana ao mapa da Venezuela.
Após o referendo, Maduro encaminhou um projeto de lei que cria o Estado da Guiana Essequibo. O parlamento venezuelano já está analisando o texto e realiza debates nacionais nos próximos dias.
Enquanto isso, Guiana já sinalizou que está com as forças de defesa em alerta, para possíveis tentativas de Maduro em tomar a região, que corresponde a mais de 70% da Guiana.